domingo, 22 de janeiro de 2012

Sintoma da Mulher



Temos necessidade "dessa outra" que o homem guarda com ele. Nós temos que retomá-la para sermos completas. Pelo amor, pelo sexo, pela maternidade. O homem é o sintoma da mulher.

(Rosely Maria Selaro)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

GOSMA

Era uma tarde assim, amordaçada. E uma criança com voz de tamborete me fazia entender: A vida seguiria, até que um dia – ela, a criança – encontrasse outra com voz de azinhavre a lhe derreter os ouvidos. O pra se fazer era o de regra. E a tarde teimava em chacotear o tempo, como a dizer-lhe: não falei que não suportavas o depois do meio dia? E tinha também a mãe da criança, que tinha filho porque filho é de mando. E como é poderoso mandar. Cala boca, vira pra parede pra pensar. Tomara ela ficasse ali a pensar por cem anos.

A tarde jazia e eu olhava aquele vidro como em todas as tardes desencarnadas. Não, eu vou suportar. Eu vou, eu vou. Olhei o sol, olhei a caneta sobre a mesa e fazendo pandã com a criança de voz de tamborete havia outra a miar. Se eu odiava crianças? Não. Eu adiava a gosma da tarde.

O vidro me espreitava com um sorriso sarcástico. Tomei jeito de sair. A consumição me adentrava as unhas. Crispei-as até gotas de sangue me avisarem: “Cuidado! Sangue da tarde tem poder!”

Apanhei-o. Vencida. E bebi dele. Dose suficiente. Não se pode matar criancinhas. Nem se pode puxar o tapete da tarde. Zonzeira e culpa. E a tarde soberana, gargalhando. Adormeci-a, e ela não sabe.

Rosely Maria Selaro

20.12.2011 – 15h03min

Vendilhões do Templo


Cita o evangelho de Mateus, 21:12-13 nos termos: Chegaram pois a Jerusalém. E havendo entrado no templo começou a lançar fora os que vendiam e compravam. E derrubou as mesas dos banqueiros e as cadeiras dos que vendiam pombas. (...) E ele os ensinava dizendo-lhes: “Porventura não está escrito que a minha casa será chamada casa de oração entre todas as gentes? E vós tendes feito dela covil de ladrões.” Jesus expulsou os vendilhões do templo, e assim condenou o tráfico das coisas santas, sob qualquer forma.

Essa figura apaixonante, meiga e norteadora que é Jesus na minha vida é sempre candura, mas dia desses me pus a pensar nesse Jesus bravo, imperativo, que expulsou os vendilhões do templo. Ou seja, Ele “chutou o pau da barraca” quando foi preciso. Ele, Homem Jesus, Filho de Deus Pai, colocou sim, as coisas nos seus devidos lugares.

Jesus não aceitou a corrupção de valores éticos e morais, e se ele o fez, porque eu não sigo seu exemplo? Por que as sociedades estabelecidas não o fazem? Por que eu permito? Valores que permeiam minha vida são corrompidos e eu fico inerte. E uma Sociedade, uma Nação, por que permite?

Sim, Jesus é Meu Mestre e Meu Guia. O Cordeiro de Deus. E Ele nos ensina de modo contundente a não admitir a corrupção dos valores morais da Terra onde nascemos. A nossa pátria mãe gentil.

Templo humilhado e ferido nos seus valores éticos e morais. Cabe a cada um de nós não permitir a corrupção de Nosso Templo Sagrado.

Expulsemos com veemência os vendilhões. Eles hão de ter a justa responsabilidade de que o Templo Sagrado de uma nação carece ser respeitado como Jesus respeitou e defendeu o Templo de Jerusalém.

Não sou eu que digo, não ouvi de ninguém, sigo o exemplo do Mestre dos mestres. Nosso Templo Sagrado, Nosso País, não pode ser um covil de ladrões. Nossa Terra não pode abrigar o tráfico das coisas santas. É compulsório honrar o Povo Brasileiro. Expulsemos sim os vendilhões do Templo sagrado em que vivemos. Sigamos o exemplo do Mestre na acepção perfeita da palavra. É compulsório honrar O Povo Brasileiro. É uma ordem: Os corruptos devem ser extirpados do solo do Brasil.

Rosely Maria Selaro

18.1.2012