Rosely Maria Selaro
25.3.2012
47 min
Rosely Maria Selaro
25.3.2012
47 min
Maria
O cara era certeiro. Tinha pegada. Olhou bem no raso dos olhos de Maria. Admirou profundamente aquele corpo descrente. Num único golpe rasgou-lhe a blusa. Arrancou-lhe a alma. Ajoelhou-se Maria. Puro susto e horror! Suas entranhas eram douradas. Maria sorria. O riso dos libertos, o riso dos amantes. Um líquido brilhante escorria do corpo esquálido de Maria. Quanto demorara! Maria nascia!
Rosely Maria Selaro
21.3.12 - 13h29min
Rose – 21.3.12 – 13h14min
(Rosely Maria Selaro)
Espera
Esperei os dois minutos de um novo dia. É noite fria e o sono não vem. Esperei também sentir teus olhos se fecharem para o descanso merecido e fui em busca de ti. Se instalara em mim desde o crepúsculo uma vontade lancinante de encostar meu corpo no teu. Atravesso estradas, bosques, cidades e por fim abro a porta do teu quarto. Dormes. Inquieto, é verdade. No fundo sabias que eu vinha. Deito-me a teu lado e devagarinho vou tomando teu corpo. Ti aquecendo e percebo. Teu coração e o meu sossegam e batem no mesmo compasso. Estás tranquilo e eu consigo serenar. Somos um corpo, um sonho, uma alma.
(Rosely Maria Selaro) 8min - 17.3.2012
17.3.2012 - 14h43
Como utilizar corretamente os verbos "haver e fazer" nas situações impessoais.
Erro muito comum: Há muito anos atrás. Há, com H, já denota tempo passado. "esse atrás" é uma redundância, então diga: Há muito anos estivemos no Rio ou Muitos anos atrás estivemos no Rio.
Havia muitas pessoas na sala. "Jamais" haviam muitas pessoas na sala.
Houve problemas difíceis naquela época. "Jamais"Houveram problemas difíceis.
O verbo "haver", neste caso, está no lugar do verbo existir e, portanto, é invariável.
Mas se você disser: Eles se houveram bem nas provas, pena a reprovação. (se sairam bem)
Hão de estar no lugar que merecem. (Deverão)
Veja que aqui o verbo haver é conjugado normalmente, não pode ser substituido pelo verbo existir e nem está relacionado a "tempo".
Outro erro muito comum: "Não tenho nada haver com isto."
Forma correta: "Não tenho nada a ver com isto." (verbo ver e não verbo haver)
Espero ter colaborado.
Se algum dia roubarem sua paixão, seu amor, seu bem querer, seu amor platônico, não se sinta roubado. Não se dê direitos, porque você não os tem. É a lei do coração e o máximo a fazer é pegar o seu bornal e ir chorar baixinho lá longe e tomar qualquer remédio. Pra dormir se acalmar. Ou fazer o melhor. Tentar esquecer.
Sentimentos de paixão não têm ética, não têm justiça, não têm. Porque não se obriga ninguém a querer ninguém. Não se pode lutar contra isso. Você pode brigar, xingar, matar, pode tudo, mas lhe afirmo, não vai adiantar. É lamentável, é doloroso, é cruel, mas é a pura, nua e crua verdade. Não há roubo nas coisas da paixão. Não se rouba coração. Acontece. E se acontece, não há vencidos nem vencedores. É o acaso. Ou estava escrito nas estrelas.
Tome seu rumo, levante a cabeça, não atormente ninguém, mesmo que você fique sem eixo, sem prumo e totalmente atordoado. Vai passar e você vai se apaixonar outra vez. Sentimentos de perda, de rancor, de vingança não levam a nada. Você só perde tempo. Há coisas na vida contra as quais não se pode lutar, porque todas as armas são vãs. Ninguém se apaixona porque quer e ninguém obriga ninguém a se apaixonar.
Se paixão tivesse ética, justiça, moral, não seria paixão. Seria razão.
Rosely Maria Selaro
11.3.2012 - 10h43min