sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ÉTICA DESDE A INFÂNCIA

Assumir uma vida ética talvez seja nosso maior desafio. Como indivíduos, como família, como sociedade e como governo.

Na pré-escola, quando a primeira proposta é “dividir os lápis de cor que estão no pote”, talvez seja esse nosso primeiro compromisso ético, que nos afasta do pior mal que assola a humanidade – o egoísmo. Partilhar, desde criança. Lição simples que serve para a vida toda.

O que é justo, o que é necessário, o que é desejável? Talvez não seja tão difícil responder. Se fizermos ao próximo o que gostaríamos que ele fizesse por nós, simplesmente essas questões estariam respondidas, e possivelmente viveríamos num mundo que hoje, aos nossos olhos, parece utópico.

Será tão difícil ser justo diante de uma questão às vezes tão pequena? A criança que chega em casa com um apontador que não lhe pertence deve categoricamente ser encorajada a devolvê-lo à professora, porque, seguramente, ele tem dono. Nunca os pequenos devem crescer na “lei da vantagem”. Haverá certamente uma sucessão de injustiças, pequenas e grandes, passando de pais para filhos se isto acontecer. O necessário também deve ser feito, porque a própria palavra já diz: É necessário e o desejável é que sejamos justos e éticos e principalmente formadores desses valores, enfatizando-os na educação de nossos filhos.

O discurso muitas vezes é grandioso, mas as atitudes são mesquinhas e as conseqüências incomensuráveis. Falar pouco e fazer o justo, o necessário e buscar a ética nas mínimas coisas, eis a resposta. Tão simples e na verdade, tão complexa. A criança aprende com exemplos e limites, e se for criada dentro de princípios éticos, será, sem dúvida um cidadão na acepção da palavra.

Rosy Selaro
16.10.09 – 17h14min