sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

BOLA DE CHICLETE E DESEJOS

Já mascamos este ano. Chiclete de bola que ora deu certo ora estourou na cara. Vem um novo pra mascar, às vezes, mascarar - vai de cada um.

Nada muda, é só um dia depois do outro. Tudo muda, a mente comanda e tudo renasce. Os projetos, as dietas, os desejos.

Os desejos se potencializam. Para uns esmorecem e ficam para o próximo ano. Para outros se fazem verdades. Desejar é quase realizar. Depende da força do desejo.

Desejemos o impossível: Ir à lua, cruzar os mares num veleiro, Ser - como é difícil Ser!

Quem não tem desejos! Deseje ardentemente e lute. Mas não economize. Desejo é Vontade, É pura Vontade. Sonhe alto, grande, maravilhoso e num novo tempo dê-se este direito.

Entre em êxtase que a Vida responde. Êxtase é Verdade. Verdade é Vida.

Que 2011 seja de Verdade. Como bola de chiclete que se desprende e sai voando mundo a fora, sem rumo, pra nunca mais voltar.

Verdade não volta.

Rosy Selaro
31.12.2010
9h18min

sábado, 25 de dezembro de 2010

ROSELYS

ROSELYS

Estou passando pela síndrome do nome. Do meu nome. Arre que demorou. Já fiz tanta coisa nesta vida que não deu tempo de eu reparar neste Rosely. Espero que tenha sido só no nome (risos forçados dos orkuts da vida!! rsrsrs). Será que nunca reparei no meu nome? Ou nunca reparei em mim?

Gostaria de me chamar mesmo – Ana Carolina – eu seria Carol, Carô, Ana, sei lá, acho muito bonito. Eu não sou “bi e daí?”, também não canto, mas seria bonito mesmo! É, Ana Carolina! Ou quem sabe Angel. Aí ia ter sempre aquele negócio. “Como mesmo?” Angel? Alguém pra perguntar o que significa Angel – será que eu gostaria de ser anjo? Do pau oco? Meu passado me condena. Não sei. Não tenho cara de Angel. Mas gostaria.

Esta Rosely que está em mim, ainda com este Y e de quebra este Maria. Nome de velha né? Toda Sandra, toda Marisa, Márcia, Ana Maria e mais um monte. O nome não mente. Se bem que outro dia uma vendedora de loja me disse que se chama Rosely – e ela é muito jovem – claro que tinha uma história. Ela quase morreu no parto e a mãe dela homenageou a médica que a salvou. A médica se chamava Rosely – nome de velha - e o Sueli então! Sabe que pra mim é normal. Chamou de Sueli eu atendo e dou conta. Igual cachorro vira-lata, atendo por qualquer nome. E tem Rose também. E não é que um dia um rapaz, faz tanto tempo! Não me lembro quem, perguntou meu nome, eu disse: “Rose”. Ele me perguntou se era nome de guerra. Ah! Meu Deus. Voou pena pra todo lado. O que ele estava pensando que eu era? Uma galinha? A expressão voou pena pra todo lado é só uma expressão. Mas acho que o moço não sobreviveu aos meus ataques. Jovem, meio loura, dona do mundo. Deve ter sido uma catástrofe. Plenamente evitável!

Agora me assino Rosy Selaro. Por suposto o Y é meu e ninguém tasca. Está no meu nome e pronto. Eu coloco onde quero – com boa educação é claro. E Selaro é o sobrenome de meu digno pai, que eu honro hoje e sempre.

Rosely Maria Selaro (Passalacqua, por empréstimo). Tem coisa bem pior!

Mas já nesta altura reverencio minha mãe que me deu o nome da neta de um coronel que era vizinho dela. Maria, Mãe de Jesus, é por quem me ajoelho e ergo os olhos para o céu. Maria, Santa Maria Mãe de Deus, cuida de mim. Selaro que meus filhos carregam como eu os carreguei no meu ventre por nove meses.

Esta Rosely, esta Rosy, esta Zely – como diriam meu pai e minha irmã – esta Rosy é quem me faço. Fico com elas, suas glórias, suas mazelas. Essas anas carolinas, essas angels, não têm essa coisa renhida do meu por fora e do meu por dentro. Nós somos tantas e tão diversas! Condensadas no saber e na ignorância. Na bondade e na ira. No tudo e no nada. Na vida e na morte. Somos um feixe de Roselys.

Hoje me dou conta desta Rose, Rosy, Maria, Zely, Sueli, Rosely Maria e me aprumo e me arrumo. Faço meu nome. Não permitiria nunca que ele me fizesse.

E quando olho, e quando atento, e quando me pego Rosely de corpo inteiro me encho de beijos e abraços, de socos, de ódio, de amor. Rosely, Rosely! Cuida de ti. Do teu corpo, da tua alma, da tua mente, do teu espírito e luta para voltar à Pátria tendo cumprido ao menos metade da missão a que te propuseste cumprir. Essa Ana Carolina e essa Angel, liberto-as. Elas jamais dariam conta de tantas Roselys que há em mim.

Rosy Selaro
Em 3.11.2010 – 0h19min.
Postada em 25.12.2010 - 0h9min

Das vantagens de Ser Bobo - Clarice Lispector

Das Vantagens de Ser Bobo - Clarice Lispector

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.




Este maravilhoso texto de Clarice Lispector me leva ao filme "Quem quer ser um Milionário" - que de certa forma aborda o mesmo tema. Nos leva a pensar! E quem sabe se esse texto monumental de Clarice não foi a inspiração da trama do filme?


Rosy Selaro

Escrever é Pensar

em 25.12.2010 - 10h36min

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

BORBOLETAS

Borboletas
Vagueiam borboletas. No ar leve e chuvoso de inicio da primavera. São azuis, amarelas, multicores e não se deixam pegar. Também não as quero aprisionar. Elas são feitas só pra olhar.

Há uma mensagem neste bailado que elas dançam e dançam entre as gotículas das flores que não param de agradecer. Minha alma vai se aquietando num silêncio de levitar. Posso borboletear...

Ah! Que alegria nestas cores, nestes leves odores, nesta água mimosa que perfuma o ar. As borboletas, as flores, a chuva, a primavera. É tempo de amar.

Esquecer o re-sentimento e deixar lugar para um arco-iris de abraços. Que comece um tempo de aceitar. Tempo de elevar os olhos para o azul do céu e perceber quão sábia é a natureza que se renova e nos anima.

Aprender é uma obrigação. E ai daquele que não o faz!
Deixar o ódio, deixar a mágoa, o re-sentimento e beber do elixir que este tempo nos traz. É a lei da com-paixão por mim e pelo meu próximo que as borboletas vem nos ensinar.

Rosy Selaro - 1/11/2010 - 17h14min

Relógios

Com carinho para Celia e Elcio, meus alunos

Redação: Tema - Relógios

Bons e maus tempos

Os relógios parecem mais bonitos quando somos jovens. Recém-casados, filhos que nascem. Uma vida que começa, todos os nossos laços ainda estão atados. Pais são nosso porto seguro, estão sempre amparando a nós e a nossos filhos e tudo parece festa. Os aniversários, os natais, os reveions. Um tempo vibrante que marca horas plenas.

O tempo porém, vai se mostrando inclemente e o espelho acusa nossos primeiros cabelos brancos, as primeiras rugas e o filhos vão deixando de ser crianças. Nossos pais que eram o alicerce de tudo começam a ver em nós o seu alicerce e a responsabilidade começa a pesar. Somos pais e somos filhos. Já experimentamos um certo cansaço e temos consciência de que “o tempo não para” e por certo aponta para períodos mais complicados. Isto tudo na verdade fica no nível do inconsciente e parece que o relógio nunca vai marcar um tempo de ausência, um tempo de saudade, parece que tudo é eterno.

Um dia percebemos que nosso relógio esta riscado. Percebemos também que os ponteiros estão muito pequenos e que já precisamos de óculos para ver as horas. As crianças já cobram mais liberdade, porque já se sentem donos do próprio nariz e de certa forma nos julgam obsoletos. Papai e mamãe estão velhinhos e precisam muito de nós. Tempos difíceis. Horas compridas. A doença. Um dia eles não estão mais conosco. Partem e já não somos filhos. Já não há para onde correr.

São os tempos. A única coisa que não muda é o estado de mudança, mas é tão difícil mudar! Onde estão meus heróis? Eu quero aquele tempo de volta. Quero as crianças, quero o cheiro do café fresquinho da casa de minha mãe. O relógio é implacável e diz não. Olho para o futuro com os olhos marejados e engulo minhas lembranças. Maquio minhas rugas e sigo embalada por horas que não entendo. Guiada por tempos modernos recheados de passado. É a vida. É a vida. É a vida....

Rosy Selaro
Em 20.10.10
18h30min

sábado, 18 de setembro de 2010

CRÔNICA DE HENRIQUE SILVA "CRONICAR"

Este trabalho é do Henrique, já está comigo há algum tempo, mas o lugar dele é aqui. Bem costurado, interessante.

Nasce, aos poucos, mas com convicção, um escritor. De que tamanho?
Só o tempo e a obra dirão.

e.t - Henrique, não tive um AVC ao ler sua crônica, tive muito orgulho de você.

Rosy Selaro



Querida Professora, este texto não é para correção como professora. E apenas para ler e dizer se preciso melhorar. Mas não precisa esmiuçar. Escrever para a senhora dá força e ânimo para tentar ser um escritor. Obrigado.
Henrique



Cronicar

Ontem na aula, por alguma atitude minha, a senhora disse: “Quem é que manda aqui?”
Tudo bem. Não gostei. Pela minha educação européia, fiquei quieto e ainda levemente sorri com os cantos da boca. Como a senhora tem sorte por eu não ser um latino americano nervoso e estúpido! Se fosse poderia ter batido na senhora até ficar desacordada e ter ido embora levando os pertences de valor que guarnecem sua moradia.


Mas hoje acordei e decidi ser um pouco latino. Por isso lhe digo:
Não irei mais dissertar. Agora só irei cronicar. Antes que corra ao dicionário para consultar, poupo-lhe o trabalho, não há tal verbo.

A senhora pode mandar na sua casa. Pode rabiscar todo meu texto, depois que lhe entrego, mas antes disso, não pode tolher minha escrita, minha imaginação. O que ponho no papel é decidido apenas por mim e não pela senhora. Aqui eu sou o soberano. Eu decido o que fazer, como fazer. E não é uma professora de redação que irá me impedir de viajar pelo mundo da escrita. E repito, o soberano sou eu. O papel, a caneta e as idéias são minhas, por isto insisto - O poderoso sou eu. A senhora só tem poder quando lhe entrego minhas criações. Senão entrego não lhe resta poder algum.


Digo e grito cada vez mais alto. Só vou cronicar, cronicar, cronicar.

Por que Guimarães Rosa pode criar novas palavras, verbos e eu não? Sorte do Rosa não ter sido seu aluno, se não a senhora teria podado a criatividade dele e ele não se tornaria o gênio que é.

Por isso a minha vingança por ontem é dizer que vou apenas cronicar e cronicar, e ninguém poderá me impedir.

O melhor de tudo, é que quando abrir este e-mail, terá que ler, não poderá riscar meu texto imediatamente, antes de imprimir na sua velha impressora. Tomará Deus que as folhas enrosquem, que a tinta acabe e nesse tempo sua cólera irá crescer e a senhora nada poderá fazer. Não poderá pegar aquela maldita caneta vermelha e pintar meu texto, enquanto ele não estiver impresso.

Estarei eu aqui, rindo e me deliciando com a cena. Imaginando suas bochechas coradas de tanta raiva. A senhora dando tapa na impressora. E como autêntica latina estará falando milhões de impropérios que serão ouvidos a quilômetros de distância. Já ia me esquecendo, quanto mais nervosa, mais estrábica fica. E eu rio, rio e rio.

Como é bom o gosto da vingança. Como me delicio com ele. Como é bom afetá-la naquilo que mais a orgulha. A escrita.

Para a senhora - querida professora - não pensar que não cultivo carinho pela senhora. Deixo uma lição:

Eu cronico, tu cronicas, ele cronica, nós cronicamos e assim sucessivamente. Como o verbo é meu, ele é um verbo regular da primeira conjugação. É conjugado igual o verbo amar, lógico que mudando o radical.

Amo muito a senhora. Boa sorte com a impressora e não se esqueça de tomar o remédio de hipertensão. A senhora pode ter um AVC enquanto lê este texto e não quero me sentir culpado.


CRÔNICA DE HENRIQUE SILVA

Minha gratidão ao querido aluno e amigo Henrique Silva

SEJA SEMPRE FELIZ, HENRIQUE.



nome: henrique

cidade: sao paulo

mensagem:



Um dia visitei esta página apenas por interesse de fazer um texto razoável para concurso. Uma visita sem muita pretensão. Enviei um email perguntando o valor da aula e a localização do curso. O que me agradou foi a localização. Perto de casa. Economizaria na condução e no tempo para chegar a aula.



Hoje, voltei. Apenas para olhar, ler o blog e também reler sobre o curso. Mas hoje, posso falar que o Escrever é Pensar foi um presente de Deus para mim. Porque além de começar a escrever bem, me apaixonei por escrever, pelo ato em si e por pela amiga e professora maravilhosa que acabei conhecendo.



Rosy, não tenho palavras para agradecer o quão boa a senhora foi na minha vida. O curso é tão magnífico que não posso ver nada em branco que já começo a escrever. Como agora. Muito obrigado pelo maravilhoso curso que a senhora proporciona.



Henrique Silva







Henrique



Você estar presente em minha vida é também um verdadeiro presente. E desejo a você apenas e tão somente o que desejo a meus filhos.



Coragem para vencer obstáculos. Olhar para si mesmo com confiança. Ver o próprio com respeito e amar a vida.



Tudo virá na hora certa. Tudo vai dar certo.



Sejam felizes meus filhos, Marco, Estela e você Henrique (filho do coração).



Um grande beijo

Rosy


18.9.2010 - 17h44min

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Parágrafo do aluno Tiago Bittencout

Tiago, aluno do Curso de Redação "Escrever é Pensar", fez um parágrafo "por exemplo" (técnica utilizada), que ficou muito interessante. O tema é: JOVENS E VELHOS (por exemplo).


Os jovens e os velhos se distinguem em termos de experiência e curiosidade. Por exemplo: Se um dia uma pessoa disser - "não toque nesta panela, pois ela está quente." O velho obedecerá o aviso. O jovem, por outro lado, mesmo acreditando que a panela esteja quente, ainda terá um impulso ou até mesmo a necessidade de tocar nela. Esta curiosidade é sua maneira de entender o mundo e desta forma criar suas próprias experiências. O velho não tem esta necessidade, porque quando jovem já se queimou tocando a panela quente.

Tiago Bittencourt vive em Nova York e faz mestrado na área de educação.

Parabéns Tiago.
Seu parágrafo é coerente, coeso e trás introdução, desenvolvimento e conclusão perfeitamente delineados. "Um exemplo que é um exemplo".

Rosy Selaro
2.9.2010 - 22h54min

O ANALFABETO POLÍTICO

Este texto é de extema importância para o momento pré-eleitoral que o Brasil está vivendo.



Ninguém melhor que Bertold Brecht para ser lido e analisado agora:





O ANALFABERTO POLÍTICO



O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.



Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel,
do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.




O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política.



Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado,
o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, mau carater e corrupto.



Bertold Brecht - Alemanhã - 1898/1956

Pensador, dramaturgo e poeta. Pôs sua obra literária e teatral a serviço da política.





Para refletimos e votarmos com consciência



Rosy Selaro - 2.9.2010 - 22h37

domingo, 25 de julho de 2010

JAQUELINE SOUZA - APROVADA NA UFRJ PARA O CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA - VEJA DEPOIMENTO DA ALUNA DO CURSO DE REDAÇÃO ESCREVER É PENSAR

Professora!
Nem sei se a senhora lembra de mim... Jaqueline, moro em Itapecerica
da Serra, perto de embú guaçu. Pois bem...CONSEGUI
Passei para a UFRRJ,na primeira chamada, pro curso que eu tanto
queria: Medicina Veterinária
E poderia dizer que muito devo a ajuda da senhora, pois mandei muito
bem na redação do enem: 920 pontos
Tõ morando no Rio agora, volto pra SP de quinze em quinze dias. Tô muito feliz
vlw pela força
Bjos
Jaqueline


Em 26/03/09, jaqueline Silva escreveu:
> Olá Professora!
> Mando anexo o texto com o tena que informei no email anterior.
>
> Como disse se trata da proposta do enem do ano de 1999. A proposta
> trazia uma sequencia de quadrinhos sobre o potencial surpreendente da
> juventude e um trecho de uma reportagem sobre o Protagonismo juvenil.
>
> desta vez não esqueci do titulo rs...
>
> quanto aos exercicios vou enviando a medida que eu for resolvendo.
> Qualquer dúvida eu entro em contato
> jaqueline

terça-feira, 20 de julho de 2010

A PROFESSORA DE REDAÇÃO

Aos Leitores do blog Escrever é Pensar, com muito carinho.


É com muita alegria que compartilho o trabalho deste meu aluno, "Henrique". É por orgulho mesmo. Seria hipocrisia dizer o contrário. Mas é um orgulho do bem.

Ele me chegou com uma redação que fez num concurso, que tinha a seguinte observação: "argumentação superficial". Aí começamos a trabalhar. É claro que sem a palmatória, sem o milho, sem o Lula e adéptos, mas com a intenção sim, de transformar desesperados alunos em "machadinhos". Seria a glória total. Esta modesta criadora que vos fala, sendo suplantada por suas criaturas. Quiçá isto acontença com cada aluno meu, como acontece agora com o Henrique.



Henrique, você pode tudo. Passar no concurso, ser um grande juíz ou promotor, daqueles poucos que reverenciamos, fazer crônicas e principalmente escrever os livros jurídicos que almeja escrever. Eu vou viver para vê-los nas poucas (infelizmente), livrarias de todo o Brasil.



Brasil que vai mudar, não pelo futebol. Mas porque tem sim, muitos jovens como você. Sonhadores e capazes e que apenas não se deram conta, ainda, de tudo o que podem. Você já descobriu os meandros intrincados e maravilhosos da escrita.



Vá! A vida está aí, a sua espera.



Será que vou ter que usar a palmatória ou ajoelhá-lo no milho?



Seu texto está sendo blogado no "Escrever é Pensar" que é brindado com o nascer de um escritor e eu me sinto muito feliz de tê-lo "acordado" para esta realidade. Isto, Henrique, realmente não tem preço.



Seja sempre abençoado.

Rosy Selaro



Leitores, se deliciem com a leveza e o humor do Henrique Silva.

Querida Professora,

Este texto é uma brincadeira muito séria. Parei, pensei e tentei escrever. Quero ter feito um texto legal. Não sei se posso classificar como crônica. Não quero ser prepotente ou nem me sinto a última bolacha do pacote. Acredito que essa minha atitude seja pela razão de eu estar em más companhias, a senhora mesmo e alguns textos de um blog que leio, que a senhora conhece bem.

Já imaginou umas quinhentas Rosy, dando aula no ginásio e colegial? Como poderiam ser os alunos dessas escolas? Que pena que a profissão de professor neste país seja tão desvalorizada.

Nunca fui um amante da escrita. Hoje quero ser marido, amigo, amante e tudo mais que puder, da escrita. Agora não me preocupo em escrever trinta linhas, mas em caber em trinta linhas o que escrevo, isso é por causa da senhora. A senhora despertou em mim um interesse e uma vontade de escrever imensurável e indescritível.

Muito obrigado por isso. O que a senhora fez, não tem dinheiro do mundo que pague.


A professora de Redação


Tenho uma professora de redação. Porque escrevo mal. Também porque quero passar em concurso público. Sem uma boa nota em redação, esqueça!



A professora diz que não pode usar individuo, sujeito, tudo, nada e mais algumas palavras, que no momento, não lembro. Fala que algumas são coloquiais e outras não dizem nada, por exemplo, tudo ou nada. Isso é duro! Tenho vontade de puxar o cabelo dela, morder, sequestrar e às vezes até matá-la. Ela me deixa doido!



Daí penso melhor e desisto. Não quero me tornar amigo do Bruno, Macarrão, Bola, Mizael e do casal Nardoni. Além do que, a professora de redação é a alicerce da familía, se lhe fizer maldade, irei prejudicar a meia dúzia de filhos que tem. Ah!, o marido foi embora. Não aguentou as correções gramaticais de quando falava, sem contar que era fanho e tinha lábios leporinos. Esse sofreu mais que os alunos, nunca mais ouviram falar dele.



Não bastando isto, ficaria impedido de realizar meu sonho de ser juiz ou promotor, pois é exigência para estes cargos, a conduta ilibada. E quem mata a professora de redação, com certeza não tem decente conduta e muito menos ética. Portanto, não serviria para ser juiz.



Falando em ética, a professora de redação fala muito sobre esse tema. Diz que só seremos um país decente quando percebermos que a ética nasce em casa e os país ou os responsáveis dos menores são os exemplos para os pequenos e estes seguem o que visualizam e não o que lhes dizem para fazer. Copiam os atos praticados e não os idealizados, propagados como correto. Pai bandido, filho idem. Veja os exemplos fáticos, família Sarney, Maluf e Tuma.



No Brasi, o problema não é a política, porque neste ramo sempre só teve bandido. Se exigissem dos candidatos que disputam eleições o que é cobrado nos concursos públicos, como notável saber e conduta ilibada, não haveria candidatos aptos. O País ficaria sem prefeito, senador, deputado, vereador. Com certeza estaria melhor.



Aliás, a professora de redação é apaixonada pelo Lula e agora pela Dilma. Dizem que idolatrava o FHC, mas ela nega veementemente, isso nunca, diz ela!



Pândego, como uma mulher tão inteligente pode gostar destes aproveitadores e salteadores. Nada é perfeito.



Voltando às aulas de redação, tem um detalhe que a professora diz imprescindível. O parágrafo. Diz que este é formado pela ideia central, desenvolvimento e conclusão.



Pobre de nós alunos, quando erramos o bendito, podemos escolher: ajoelhar no milho ou palmatória. Isto lembra década de vinte do século passado.



Por que aceitamos isto? Tá de brincadeira? Putz, a professora de redação é um gênio da escrita. Dizem que nas vidas passadas foi Machado de Assis, outros que foi Fernando Pessoa.



Isto não importa, relevante é que os alunos dela mais cedo ou mais tarde escrevem super bem e passam nos concursos.



Depois lembramos, rimos e ainda hoje é possível sentir as marcas do milho que nos joelhos ficaram.



O que nos resta é a saudade, pois quando lemos nossos textos em jornais e livros, sabemos que seria impossível se não fosse a professora de redação e suas aliadas; palmatória e o milho. Provavelmente não escreveríamos nem gibis.



Obrigado professora de redação, por tudo. E principalmente pelas aulas de cidadania. Porque ser cidadão é não matar a professora, por isso que toda nova turma, na primeira aula, sempre tratava do tema cidadania.



Portanto, ela desconfiava dos nossos pensamentos perversos, mas o amor pela boa escrita e formar bons escritores sempre prevaleceram no coração dela. Por isto, entre ter alunos brilhantes ou preservar a vida, ela jamais titubeou. Sempre optou em transformar desesperados alunos em futuros “Machadinhos”.



Henrique Carlos da Silva

20.7.2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

IRONIA

IRONIA

Engraçado como a gente vive ou convive com coisas de que não gosta e passa uma vida sem se aperceber disso. Hoje entendi que não convivo com a ironia. Ela tem uma crueldade camuflada que me desmonta.

Perguntaram-me se passei bem o ano e respondi que foi conturbado e imediatamente a criatura arrematou: “Você não estava em Angra né?” Não consegui responder com a mesma ironia porque não pertenço ao mundo dos “agressivos de plantão.”

Tenho uma prima que tem gatos. Conhecemos o mais novo – Zeca – ele tem as costas amarronzadas e o peito e as patas branquinhos. Os olhos são de um amarelo que se confundem com o pelo. Vira-se minha filha e diz: “Mãe, ele não parece um pão com manteiga?” Foi um riso só, e o Zeca virou “pão com manteiga”.

Está aí a diferença. Há pessoas originais, criativas, capazes de tiradas incríveis. Outras são irônicas e perversas. Hoje, depois de bem vivida notei que a ironia me incomoda. Eu não estava em Angra (e pobres dos que estavam!). Também não estava no Haiti, nem nos bairros de São Paulo que estão em estado de calamidade pública por causa das enchentes. Meu humor está em baixa e dessa história só se salva mesmo o “pão com manteiga.”

Pessoas perspicazes e que ainda provocam riso são especiais. Já aquelas que se armam com a ironia deixam transparecer insegurança e pobreza de espírito.

À argúrcia tudo. À ironia a compaixão.


Rosy Selaro
7.1.10 – 15h15min
postagem em 12.7.10 às 23h13

DIA FELIZ

Tem dia que a gente não cabe em si. Fica ponta, fica farpa. Não encaixa. E transborda, alaga. Alma pra um lado corpo pro outro.

Eu queria assim, um dia feliz, de corpo e alma. Locupletado. Daqueles até enjoados. Feito almoço de Natal que a gente não consegue comer de tanta coisa que tem. Eu queria um dia assim. Feliz por Completo. E no outro dia, quando tudo voltasse ao anormal, eu pudesse sentir saudade...




Rosy Selaro - 11.7.2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

ESTAS MINHAS MULHERES

ESTAS MINHAS MULHERES

São tantas as que carrego que há dias em que as tenho como fato. Detenho-as e domino-as todas. Filha, mãe, dona de casa, amiga, irmã. Mas há dias em que elas me detém como um fado – triste fado português. Cantoria nostálgica do que se foi e do que não virá.

Esta mulher se apodera de mim e não consigo exorcizá-la. Faz-me lembrar do tempo em que eu buscava o amor perfeito dentro dum jarro para enfeitar-me os claros, e para perfumar minhas ilusões.

Estas rugas. Que fazem estas rugas pirracentas nos meus cantos: dos olhos, do queixo, da alma? E estas renúncias a assistir a cada dia a tal felicidade escorrer pelas minhas mãos abertas que não querem cuidar, mas ser cuidadas. Que já não querem ser responsáveis por nada. Querem colo.

Tenho que matar esta mulher. Ela queima, ela me esquarteja e ao mesmo tempo renasce como uma menina e espera o amor perfeito. Ele está dentro do jarro. Quando anoitece sinto-lhe o perfume e saio a buscá-lo.

O amor perfeito está muito perto e num susto vou apanhá-lo.

Rosy Selaro

http://www.xn--escreverpensar-ikb.com.br/

22.6.10 – 14h20min

sábado, 24 de abril de 2010

NÃO ME PEÇA ALÉM

NÃO ME PEÇA ALÉM

Não me peça além, nada mais tenho pra dar. Tenho muitos cantos de saudade e com eles não sei manejar. Falo tudo, faço tudo e o que me reservo é o que nem posso fazer nem falar. Enterro... não peça. Não sei se volto viva de lá. Quem já carrega pai e mãe só no fundo d’alma roga a Deus os filhos deixar.
Nos meus quartos escuros não mexo, sob pena de soçobrar. Deixo-os quietos, lá. Nos meus porões guardo o que de melhor e pior, mas eles só interessam a mim. Perdi a chave. Na minha cabeça. Esses porões são vidamorte. Vivo por eles e não vou deixá-los cá.
Não, não me peça para mudar. Se mudo é por obrigação, por compaixão, mas na minha caixinha de música a bailarina ainda dança. O amor, Ah! O amor. Ele virá como quero. Vamos dançar num grande salão, eu de vestido rosa enfeitado de botõezinhos tardios, que só agora podem aflorar. Você me olhando nos olhos e vendo o que não minto. Eu vendo o tempo nos vincos do teu rosto. Seremos felizes a rodopiar. Ainda é tempo – Eis minha recompensa pelas tantas vezes que me abaixei para pegar meu coração e fazê-lo prosseguir pulsando.
Somos luz. Eternidade. Tudo fica pra trás quando a essência invade nossos espaços.
Sou só, só essência de ti, de mim, do sonho. Já não é preciso acordar.
Rosy Selaro - 30.3.10 –

sexta-feira, 5 de março de 2010

DICAS DE GRAMÁTICA

TRÁS e TRAZ

Não confundir a preposição que se escreve com “s” e o verbo trazer (3ª. Pessoa do singular = traz)

Ex – para trás, por trás, ficar atrás, por trás de – (ficar por trás da porta) (locuções adverbiais e prepositivas)

Presente do indicativo do verbo Trazer

Eu trago
Tu trazes
Ele traz
Nós trazemos
Vós trazeis
Eles trazem




Atente para esta dica:

Os impostos ao invés de baixar, sobem.
Ao invés de: oposição, antônimo, contrário.


Em vez de comer, tomarei só líquido.
Em vez de: substituição, troca.

Rosy Selaro
6.3.10 – 2h44min

IMEDIATISMO

IMEDIATISMO

Minha cabeça trabalha muito com a questão do tempo. Sim, porque o tempo é a pergunta fatal. E o que mais me angustia é a espera. Não sei de quê. Talvez da felicidade, mas ela não é deste mundo e parei de perseguí-la.

Meu maior defeito é o imediatismo. Às vezes juro de pé junto que não vou fazer..., ou que vou, que não vou telefonar, que vou cuidar mais da minha saúde e tantas outras promessas... Me pego fazendo coisas que não deveria, que sei lá, fogem um pouquinho da ética. Os remédios, ah! Os analgésicos. Não – não vou tomar – vou fazer acupuntura. Pessoas que me dou um tempo. “Não, não vou procurar até que passe o carnaval.”

Minha maior qualidade é o imediatismo. Quando dou por mim já fiz. Já telefonei. Os analgésicos. Ah! quando me dou conta já desceram guela abaixo. E já procurei aquela pessoa que ia ficar para – depois – do carnaval. “Qua”, como dizia minha mãe, você “é agora ou já”. O tempo corroe minhas veias e nada pode anoitecer.

E batia uma culpa...

Não. Não bate mais. Ou a vida é muito dura ou sou mole demais. A questão “do tempo”, do destempero, de esperar a hora certa... Já me perdoei. “Imediatismo, você comanda meus desmandos.” Meu corpo padece com meu imediatismo, mas percebi, não sei se em tempo, que libertá-lo é a única maneira de deixar minha alma viver.

Só as pequenas inconseqüências nos salvam. E eu quero mesmo é que esse equilíbrio patológico vá às favas.

Rosy Selaro
6.3.10 - 2h32min

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

RESPOSTAS - DICAS DE REDAÇÃO - AMBIGUIDADES

RESPOSTAS DAS QUESTÕES SOBRE AMBIGUIDADES

O empregado que se esforça, de vez em quando é recompensado.

O empregado que se esforça de vez em quando, é recompensado.


Perceba que o primeiro empregado se esforça sempre e de vez em quando tem uma recompensa por esse motivo.

Já na segunda frase o empregado se esforça esporadicamente, uma vez ou outra, então nesse dia atípico, ele é recompensado.

Perceba que a pontuação, ou seja, a colocação da vírgula como fator de coerência da frase é que define o real sentido que quero dar para o que estou escrevendo.


Maria quando toma banho sua. "Mãe", diz ela: "A água está quente."


Veja que na primeira frase o "sua" é um pronome possessivo. Na frase acima "sua" é a terceira pessoa do singular - presente do indicativo do verbo suar.

Atente também para o fato de que é comum você ouvir "eu soo", o que soa é sino - verbo soar.

Concluindo, cuidado com as ambiguidades, você pode escrever exatamente aquilo que não queria.

Rosy Selaro

5.2.10 - 10h14min

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

DICA DE REDAÇÃO

DICA DE REDAÇÃO

Vamos falar de “ambigüidades”.

Ambigüidade é o vício de linguagem que cria mais de uma possibilidade de entendimento para seu texto, levando a um duplo sentido e dificultando a compreensão.

Exemplos: Rímel para cílios a prova d’água. (não seria)
Rímel a prova d’água para cílios?
Você conhece alguém que tenha cílios à prova d’água?
Veja a diferença: A grande empresa que vende o rímel poderia ter atentado para o fato de que o rímel é a prova d’água, não os cílios.

O que você acha de “Colchão de casal de espuma”. Você conhece algum casal de espuma?
Não seria “Colchão de espuma para casal?”

Os pronomes possessivos, se mal utilizados, podem criar muitas ambigüidades.

Veja exemplo:
Encontrei meu cliente quando saia do escritório. (do escritório de quem?)
Tirando a ambigüidade:
Encontrei meu cliente quando saia do meu escritório.
Encontrei meu cliente quando ele saia do escritório dele.

Já se você disser:
Encontrei meu cliente quando ele saia do seu escritório. (veja que os pronomes possessivos, meu, teu, seu, sua), são realmente causadores de ambigüidades. Esse “seu” poderia estar se referindo a terceira pessoa com quem você está falando. Que poderia dizer: Como, seu cliente estava saindo do meu escritório, por quê?

Toda atenção é pouca.

Tente resolver os exercícios abaixo. As respostas seguirão na próxima dica.
“Lembre-se, muitas vezes só com o auxilio da pontuação adequada você constrói o texto com o significado que realmente quer transmitir ao seu interlocutor.

Exercícios

O empregado que se esforça de vez em quando é recompensado.
(aqui você tem duas frases com significados diferentes).

Alugam-se quartos para cavalheiros com banheiro anexo no terceiro andar.
(neste exercício a construção sintática está ruim. O que gerou uma ambigüidade).

Esta é para você trocar toda a pontuação e mudar completamente o sentido. Vou dar uma dica, o problema está no pronome possessivo “sua”.

Maria quando toma banho sua mãe diz: “Ela, a água, está quente.”
Tente mudar o significado desta frase alterando a pontuação.

A “piada abaixo é bem interessante”
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE TU E VOCÊ?T U E VOCÊO Presidente de um Banco estava preocupado com um jovem e brilhantediretor que, depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele,sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Entãoo Presidente chamou um detetive e disse-lhe:- Siga o Diretor Lopes por uma semana durante o horário do almoço.O detetive, após cumprir o que havia lhe sido pedido, voltou e informou:-O Diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o seu carro, vai àsua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seusexcelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.Responde o Presidente:- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
Logo em seguida o detetive pergunta:
-Desculpe. Posso tratá-lo por tu?-Sim, claro! - respondeu o Presidente surpreendido!-Bom, então vou repetir:- O diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o teu carro, vai àtua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teusexcelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.....Entendeu agora?A Língua Portuguesa é mesmo fascinante !!!!!!!!!!
(Veja que foi preciso tirar a ambigüidade para que o “Presidente do Banco” entendesse realmente o que estava acontecendo. “Oh! Coitado”

Veja que o detetive teve que tirar do texto todos os pronomes possessivos: seu, sua, seus e trocar pelo pronome reto “Tu”, que no caso, desfez a ambigüidade.

Rosy Selaro
www.escreverépensar.com.br (acesse o blog na página de contatos)

Espero ter colaborado.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

DICA DE GRAMÁTICA - MAIS MAL / MAIS BEM

DICA DE GRAMÁTICA - "ESCREVER É PENSAR"

Antes do particípio (alimentado), é sempre conveniente o uso das formas "mais bem e mais mal."

Ex - O europeu é mais bem alimentado que o africano.
O africano é mais mal alimentado que o europeu.
Os homens estavam mais bem vestidos que as mulheres.
As mulheres estavam mais mal vestidas que os homens.

Se você usar melhor, no lugar de mais bem, e pior no lugar de mais mal - o ouvido sente! Evite.

Rosy Selaro
28.1.10 - 14h44min