Trouxeste teu corpo e não tua alma.
Meus pelos foram teus e minha penugem não quiseste.
Abarcaste tudo. Sim. Talvez. Porvir.
Tiveste na delicadeza a fragilidade.
Pisaste o único fio do meu prumo.
O rumo é tão pouco e por que vieste
Sabotar anjos meus que se foram contigo
Barganhar demônios teus que deixaste comigo.
Por que engendras uma cantiga tão sem destino?
Presença pouca faz muro de arrimo
E o vendaval cospe escassos amores
Esburaca cantos, aumenta temores
Foste barquinho de papel em mar revolto.
Sopraste meu último esforço.
Teu beijo amargo. Gosto da partida.
Por que vieste?
(Rosely Maria Selaro) em 24.2.2012 - 12h48min
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
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