Na virada da noite ela partia. Não era noite. Não era dia. Era o branco do olho. Maresia. Deixava nele seus seios rosáceos. Deixava dentes, ancas e os pequenos pés. Partia claudicante, só pedaços, na noite fria. Mas voltava quando passava o dia. Ele esperava pela amante e seus pedaços devolvia. O quebra cabeça refazia. Eles se amavam, se amavam, rolavam no mundo gargalhando, gargalhando! Na virada da noite, claudicante, sem os seios rosáceos, novamente ela partia.
Rosely Maria Selaro
25.3.2012
47 min
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