domingo, 5 de junho de 2011

LIVRO DIDÁTICO ESCRITO ERRADO. "VALHA-ME DEUS"

Querida Graça,

Maravilha trocar ideia com você. Ideia sem acento que é para poder reeditar muitas obras e as editoras ganharem mais, é claro! Principalmente as que vendem livros para "os governos."

Acho que nós vamos para o mesmo asilo porque estou estupefata. "Ninguém conhece essa palavra!" E nem vai conhecer. Depois de adotarem um livro didático com escrita errada eu me pergunto: Quem mais está ganhando com isso?

Eu dou um duro danado para ensinar meus alunos que segundo Otho Garcia em Comunicação em Prosa Moderna, "Escrever é Pensar". Como é que a Escola vai ensinar um aluno a pensar se já tem que explicar que o livro está errado, mas que se pode errar em determinadas situações?

Ninguém precisa ensinar nada errado para ninguém!!!! Infelizmente a gente aprende sozinho mesmo e da pior maneira. Sofre. Até que um dia aprende o certo.

Graça querida, nós não estamos velhas, o Brasil está totalmente perdido. Agora, você há de convir comigo que não deixa de ser muito criativo. Você já havia pensado em escrever um livro didático "errado". Eles chegam a me causar inveja. A desgraça da volta do Palocci acaba sendo pequena diante de tamanho despautério. Imagine como vai ficar a cabeça desses jovens e adultos ao toparem com um livro que ensina errado. Errado eles já sabem!

E esse ministro da deseducação, veio de outro ministério, não veio? Eles sabem tudo, eles são polivalentes. É vergonhoso demais, mas ele não me impedirá de ter orgulho de ser professora. Sou uma formiguinha mas não vendo minha ética e meus princípios morais. Como você querida amiga, é por amor que exercemos nossa profissão e assim iremos até o fim e não devemos nos calar.

A PROPÓSITO, ASSISTI POR ACASO, UM DOCUMENTÁRIO NUMA TV ESTATAL, ACHO QUE TV SENADO, QUE SE CHAMA "GARAPA", É DO JOSÉ PADILHA. PROCURE GRAÇA. VOCÊ JAMAIS VERÁ ALGO COMO AQUILO. AQUILO É BRASIL. GENTE VIVENDO NO UMBRAL, NO INFERNO, CRIANÇA CRIANDO BICHO. FILMADO POR UMA ÚNICA CÂMERA. E ERA UMA TV ESTATAL.

E OS CARTOLAS PERDEM TEMPO COMPRANDO LIVROS ERRADOS QUE FATALMENTE IRÃO PARA O LIXO, QUE É SEM DÚVIDA, O LUGAR DELES.

LER LIVRO DIDÁTICO ESCRITO ERRADO É UM DESRESPEITO AO ALUNO E AO PROFESSOR. QUEM AUTORIZOU ESSA FAÇANHA DEVERIA ESTAR NA CADEIA.(RESPONDENDO AO MINISTRO EM "A FOLHA DE SÃO PAULO")

Grande beijo
Rosy

Date: Thu, 2 Jun 2011 23:43:26 -0300
From: mgbim@uol.com.br
To: roselysel@hotmail.com
Subject: - CRITICAR SEM LER É FASCISTA, DIZ HADDAD - SOBE LIVRO DIDÁTICO

Cara amiga Rose.
Tenho certeza que está acompanhando a polêmica. Me diga uma coisa: será que estou ficando velha demais para entender essas teorias modernas de manter o "quanto pior melhor" ? É nessa hora que eu penso: O que é que eu estou fazendo aqui? bjos

Gracinha Bim



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Folha de S.Paulo - Criticar obra sem ler é fascista, diz Haddad sobre livro didático - 01/06/2011







São Paulo, quarta-feira, 01 de junho de 2011





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Criticar obra sem ler é fascista, diz Haddad sobre livro didático

Ministro da Educação ataca críticos de livro que afirma que é possível falar fora da norma culta

Segundo Fernando Haddad, Hitler e Stálin fuzilavam os inimigos, mas Stálin lia os livros antes de fuzilá-los

DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

Criticar uma obra sem ler é uma postura "fascista", disse ontem o ministro Fernando Haddad (Educação) ao comentar críticas ao livro "Por uma Vida Melhor".
Distribuída pelo Ministério da Educação a 4.236 escolas de educação de jovens e adultos, a obra causou polêmica ao dizer que, em determinados contextos, é possível falar fora da norma culta.
Trecho sobre a diferença da linguagem oral e escrita diz: "Você pode estar se perguntando: "Mas eu posso falar os livro?". Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico".

CERTO X ERRADO
Os defensores da obra dizem que não há "certo" e "errado" em linguística, mas sim "adequado" ou "inadequado" ao contexto: em entrevista de emprego, o correto seria usar a norma culta, mas isso não necessariamente aconteceria em uma conversa informal.
Já os críticos defendem que a escola ensine apenas a norma culta, essencial para o aluno ascender socialmente.

STÁLIN
Durante audiência na Comissão de Educação do Senado, ontem, Álvaro Dias (PSDB-PR) questionou o ministro sobre o tema e disse que até o ditador soviético Josef Stálin (1878-1953) defendia a norma culta.
Haddad respondeu que os críticos da obra distribuída pelo Ministério da Educação, em sua maioria, não a haviam lido e voltou a citar o ditador soviético.
"Há uma diferença entre o Hitler e o Stálin. Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stálin lia os livros antes de fuzilá-los. Estamos vivendo, portanto, uma pequena involução, estamos saindo de uma situação stalinista e agora adotando uma postura mais de viés fascista, que é criticar um livro sem ler."
O ministro fez o seu mestrado sobre o caráter socioeconômico do sistema soviético na USP.
Haddad afirmou ainda que diversos estudiosos do tema defenderam a obra distribuída pelo MEC, incluindo o diretor-executivo do Instituto FHC, Sérgio Fausto.
Na semana passada, a Defensoria Pública da União no Distrito Federal entrou com uma ação pedindo o recolhimento da obra.





Por Rosy Selaro
Curso de Redação Escrever é Pensar
www.escreverépensar.com.br

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