domingo, 5 de junho de 2011

MATIZES DO AMOR

Matizes do amor



A gente procura cor. E ela está no amor. Há dias em que sou em preto. Noutros estou em branco, quando muito sou em preto e branco e careço da cor do amor, dos matizes do amarelo, do vermelho, do verde, de algo que dê razão.



Não vale um dia atrás do outro, um ano após o outro sem um amor, mesmo que seja egoísta como sou. Irmã Dulce, Gandhi? Que nada! Coisa pouca, migalha, um gesto, uma palavra e a vida fica de mentira colorida, porque não há verdade nessa cor.



Esse filme em branco e preto. Essa vida de buraco, onde sobra tanto espaço. Uma sina, um fracasso e a dor, a dor de não ter amor.



Olha as minhas fretas, olha as minhas arestas e me ama. Ama mesmo. De amarelo, de vermelho, de verde e de todos os matizes e se entrega. Não olha para os lados porque preciso de todo seu amor egoísta. Egoista como sou. Sem compaixão.



Quá! Como diria minha mãe. Doce, essa minha ilusão. Não virá. Não terei. Fui traçada para dar. Para ser do outro. Um dia dói mais, outro dói menos, mas assumir é a razão, sem cor, sem matiz, sem refresco.



Cada um com seu cada um e eu comigo mesma. Tomo consciência e vou...



Rosy Selaro
www.escreverépensar.com.br
2.6.2011

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