quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Resedá


Resedá

No fundo de minha casa
Na minha Sampa querida
Tem um tesouro cor de rosa.
Cheio de cachos, tantos todos,
Que a árvores sumiu.
Floresceu por demais  meu Resedá
E um cacho quero te dar.
 Espesso, dengoso, balançando uma beleza marota
Neste domingo chuvoso.
 As florezinhas brincam com os pingos e  se molham neles
Eles se perfumam delas, de um jeito inocente e ao mesmo tempo libidinoso
Pensando bem, um Resedá  cor-de-rosa viajou Eras pelo tempo
Pra vir ser meu contentamento
Não. Pensando  bem
Não vou te dar um  buquê. Nem uma flor sequer.
Resedás  são de todo especiais e não o mereces tanto assim...
Tenho por mim que hás de dizer que ele é um qualquer
 E eu o tomo no meu peito como único morador
Troquei com ele flores por minh’lma
Ramos  por meu Espírito.
É meu o caule, o verde submisso ao poder do rosa e Elas
Flores melindrosas  fazem reverência quando passo
Uma vira-se para mim cheia de garbo e detona a verdade:
Resedás não são flores para se dar.
Fazem da minha janela,  uma visão espetacular
Ah! Como eu queria aqui pra pintá-lo – Renoir!
  
.Rosely Maria Selaro –
13.1.2013 -20h16min


    

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