domingo, 11 de agosto de 2013

SAUDADE

SAUDADE

Saudade de quem me abre os olhos quando o dia nasce e é meu último pensamento quando à noite deixo meu corpo rumo ao infinito. Saudade da tua voz, confusa nas minhas entranhas. Parte de mim. Saudade de tuas mãos, que me pegam, me negam, se escondem e retornam. Saudade da tua boca calada. Silêncio que o Mundo me impõe se te afastas. Saudade de tuas bobagens. Da tua bagagem que nunca devolvi. Saudade do medo do relógio marcar a hora de partir. “O trem da chegada é o mesmo trem da partida”. Estou na Estação – cheia de Saudade – boca seca, sal. Ouço o apito que derruba meu coração. Lanço nela minha espada quando nossos corpos suados, colados, se resgatam. Ela jaz a nossos pés. Agonizante. Mas é imortal!


3.11.12 –

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