terça-feira, 27 de agosto de 2013

ENCILHA-ME


Quando me desvencilho de ti viajo na nau dos sensatos. Amanhece quando é dia. Anoitece quando é noite. Sou corpo. Vagueio pelas esquinas concretas e num torpor recolho meus sonhos de novo. Encilho-me em ti. Sou nua e dona do meu querer. Se quiseres, encilha-te a mim, feito cacho de uvas doces. Uvas que se desvencilham no estalo de um beijo. Vitória das almas. Banquete dos amantes.
**Rosely Maria Selaro**
26/8/2013

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